Acreditem que não foi fácil lá chegar mas depois de algumas três voltas ao mesmo sitio, de até termos parado para levar uma cerveja na mão enquanto continuávamos na nossa busca, aparece uma senhora que nos diz; "virem na próxima cortada á esquerda, onde há duas árvores, um banco no meio em frente a um grafitti de uma menina de óculos de sol redondos e uma rua mesmo muito estreita."
Dito e feito, depois destas referencias lá estavam as escadas que tinha visto nas fotografias e a porta do Food Temple.
O problema maior agora era a falta de reserva de mesa.
Como é que me esqueci deste pormenor tão importante?!
Depois de explicarmos que não tínhamos reservado mas que ansiávamos pela chegada deste dia para poder experimentar os maravilhosos petiscos, conseguimos ser encaixados numa mesinha.
Dividimos a mesa com um grupo de italianos, também eles a experimentar o restaurante pela primeira vez, o que acabou por ser muito engraçado.
Veio uma senhora amorosa perguntar-nos se era a primeira vez neste restaurante e entregar-nos o menu, explicando um pouco do conceito.
O jantar é servido em dois turnos e o menu nunca é igual, nem de dia para dia, nem de turno para turno. Confesso que a ideia de haver apenas um prato principal no menu me assustou um pouco, e se eu não gostasse?!
Acabámos por seguir a ideia de um dos rapazes e encomendar dois pratos de cada petisco e dois principais para dividir.
O Menu de hoje era uma sopa fria de melão e pepino, que no inicio me fez torcer um pouco o nariz por ser fria mas que rapidamente me fez mudar de ideias, salada de feijão mungo, do qual sou mega fã, um dip de feijão preto acompanhado de vegetais cortados em palitos, udon cor de rosa e um estufado do médio oriente.
Pedimos então, uma sopa para cada um, dois pratos de cada tapa e dois pratos principais.
A sopa, que eu tinha achado que não me apetecia de todo, surpreendeu-me bastante.
Tinha uma textura aveludada e um toque picante no final, soube-me lindamente para começar esta experiência vegan.
As pequeninas taças de tapas, para além de um aspecto engraçado e colorido, eram deliciosas. O dip de feijão preto era de chorar por mais, com as cenouras em palitos ficava mesmo uma maravilha, e a salada de feijão mungo estava mesmo muito bem confeccionada, todos os sabores se misturavam na perfeição.
Quanto aos noodles, como sou fã de udon, adoreiiiiiiii!!!
A única desvantagem, para quem não é muito fã deste tipo de refeições, é que as tapas são todas frias.
Continuando no rol de pratos vegan, vieram os dois pratos principais, o tal estufado que tinha um pouco de receio de não gostar. A apresentação era deliciosa e a dose muito generosa. Com um prato destes já ficaria mais que satisfeita.
O estufado, acabado de fazer e ainda quente, era mesmo muito bom, nunca pensei gostar tanto deste prato. Tinha até pedaços de fécula de batata que faziam lembrar pequenos camarões, resumindo, uma pequena maravilha.
Ainda apareceu um pão de chouriço vegan a meio da refeição que estava delicioso, entre este e um pão com chouriço normal, ao qual estamos habituados, não havia grande diferença.
Esqueci-me de falar nas bebidas, de entre os sumos naturais e os chás, havia uma cidra biológica que resolvemos experimentar. Ao princípio estranha-se o sabor a azeitona, mas depois combina lindamente com as tapas.
Obviamente que a experiência não termina aqui, o restaurante tem duas sobremesas que tiveram que vir para a mesa para experimentarmos!!
Um rolo de canela e um gelado delicioso de pistachio. Sinceramente não sei bem qual foi o meu favorito, embora seja difícil ser surpreendida com um gelado, este era muito fresco e saboroso. Quanto ao rolo de canela, também este me conseguiu surpreender pela textura fofa e caramelizada.
Ainda tentámos mandar vir mais uns rolos de canela, no mínimo um para cada um, mas já não tivemos sucesso, parece que o rolinho sai a uma velocidade alucinante e nunca sobra nenhum para contar a história.
A comida maravilhosa e a simpatia do Staff conquistou-nos o coração, de certeza que vamos voltar em breve!!!
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